quinta-feira, 26 de abril de 2012

My Brother - Parte 01

Depois de muito tempo, consegui terminar este texto e atualizar o Tenshi Arena. É triste, mas tenho que retornar falando sobre os eventos que acarretaram no falecimento do meu irmão...

Mas vamos lá.

Dezembro de 2011... Este mês ficará marcado por muitos e muitos anos na nossa família. E não me recordo de um mês tão... CINZA quanto este.

Digo cinza pelo seguinte: poderia ser considerado ‘negro’ pelos fatos que contarei a seguir sobre meu irmão, mas também o consideramos ‘branco’ por ser o mês do Natal, do Advento, portanto cheio de luz. Branco + Negro = Cinza. E também pelo fato de que NUNCA ouvi tantas notícias pesadas e ruins em tão pouco tempo. Em quase qualquer lugar que eu ia, alguém sempre tinha uma notícia pesada pra contar. Sempre. Desde uma pessoa que já me foi muito cara que perdeu o bebê no 7º mês de gestação, a pessoas tendo AVC, a acidentes de carro... Dava medo de sair na rua na expectativa de ouvir alguma notícia ruim.

Em outubro mais ou menos, meu irmão começou a reclamar de algumas dores: ora numa perna, ora noutra, ora no braço, ora nas costas, ora nas duas pernas... Em novembro também estava assim, mas com intensidade maior. Ele foi num médico que pediu um raio-x da coluna, e viu que uma vertebra estava levemente torta. Talvez um esforço abusivo na academia, no trabalho ou em outro lugar tenha provocado isso. Porém, chegou um ponto em que as dores não eram o único incomodo dele: cansaço, febre, pequenas manchinhas surgindo no corpo e sangramento nasal estavam deixando a todos com preocupação. Afinal, um rapaz de 24 anos completados em 26 de Novembro, que não fuma, não bebe, não usa drogas, joga futebol, faz academia, faculdade, namora, trabalha, vai na Missa, e outras coisas positivas, de repente se encontra mal, e realmente é de se assustar. Sobre sangramento, uma noite, por volta das 21 ou 22 hs, começou a sangrar o nariz dele, e não parava por completo. Parava um pouquinho e logo voltava a sangrar, e era bastante. Como isso era muito estranho, levaram ao 24 horas, onde deu uma boa diminuída, mas não estancou totalmente, mas isso já era quatro horas da madrugada... Já fazia alguns dias também, ele dormia num colchão na sala, para o caso de precisar de alguma coisa, meus pais e eu poderíamos ouvir seu chamado e socorre-lo em suas necessidades.

Ele já não conseguia ir trabalhar direito, voltando pra casa na manhã do dia 1º de dezembro. No outro dia pela manhã, minha mãe e ele foram fazer um exame de sangue. Um dos procedimentos serve para ver a coagulação do sangue, onde faz-se um furinho no lóbulo da orelha, e espera-se que no máximo em 15 minutos esteja estancado. Uma hora e meia levou para que meu irmão parasse de sangrar. Era uma sexta-feira, e os exames ficariam prontos na terça ou quarta-feira da semana seguinte. Vendo que meu irmão estava precisando urgentemente do resultado, a equipe agilizaria o resultado para aquela mesma tarde. Na hora do almoço, ligaram em casa e disseram: ‘Venham aqui buscar o resultado rapidamente pra levar pro Hospital Regional João de Freitas. O médico já os espera.’ E meu pai, que deveria ir trabalhar, não foi para levar os dois até lá. Vi meu irmão descendo as escadas andando ‘normalmente’ apesar das dores nas pernas, e entrou no carro e saíram.

No hospital, apenas ele e minha mãe puderam entrar, para falar com o médico sobre os resultados. Não sei exatamente como foi essa parte do processo, mas sei que numa hora lá, a enfermeira (ou alguma coisa assim) chegou falando com eles e dizendo que ‘confirmou mesmo a leucemia, e tem tratamento e...’ ‘Peraí, eu tenho o que?’ espantou-se meu irmão. Vendo que tinha feito uma burrada ela pediu desculpas pensando que já soubessem o que ele tinha, mas a trapalhada já estava feita. Imagine... Você está bem, tranquilo, algumas dores começam a incomodar, e num dia comum e qualquer, num exame de sangue de repente você está com leucemia. Um choque muito grande, com certeza. Minha mãe quis abraça-lo, mas ele muito chocado rejeitou. Ele já ficou por lá mesmo, internado no Quarto 12, Cama 3.

Minha mãe pediu que eu ficasse de prontidão no serviço, que caso fosse preciso, ela ligaria e eu iria onde eles estivessem. Mas quando cheguei do trabalho em casa, um amigo de trabalho do meu irmão estava conversando com meu pai no portão e dando palavras de apoio neste momento de dificuldade. Quando ele foi embora, perguntei ao meu pai sobre os exames e ele contou que meu irmão fora diagnosticado com suspeita de leucemia e estava internado e minha mãe estava por lá com ele ainda.

Continua...


Um mês que infelizmente se tornou muito pesado...

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Não!

Eu não abandonei o blog.

Só não consegui ainda escrever e postar nada ainda.

AINDA. ^^

Aguardem...